Mulheres na Liderança: O Papel Feminino nos Grupos de Oração Católicos

Bom dia, queridos irmãos e irmãs.

Hoje, eu gostaria de compartilhar com vocês uma reflexão muito especial sobre um tema que vem tocando muito o meu coração: o papel das mulheres na liderança, especialmente nos nossos grupos de oração. Vou puxar uma cadeira, como se estivesse na sala de estar da minha casa, e conversar com vocês de coração aberto.

Recentemente, eu estava numa dessas reuniões comuns que fazemos durante a semana, no salão paroquial. Era uma noite quente e todos estávamos ali, meio cansados do dia, mas com aquela vontade genuína de estarmos juntos para rezar e compartilhar nossas experiências de fé. E, sabem de uma coisa? Tivemos a graça de ter a Maria Clara dirigindo o grupo de oração naquela noite. Gente, vocês precisavam ver! A serenidade com que ela conduzia as orações e a sabedoria nas palavras que ela escolhia… Eu fiquei encantado.

Durante a reunião, me peguei lembrando de inúmeros outros momentos em que mulheres foram essa força guia, essa luz, em nossas comunidades. Lembro da Dona Lúcia, por exemplo. Ah, Dona Lúcia! Ela era daquelas senhoras que toda vez que você precisava de um conselho, sabia exatamente o que dizer. Ela tinha um jeito meio que se perdendo nas palavras, mas tudo o que ela falava vinha direto do coração e tocava a gente de uma maneira tão profunda.

E naquele instante, enquanto Maria Clara falava, uma frase me veio à cabeça: “Como seria a nossa igreja sem essas mulheres extraordinárias?” Eu me peguei pensando nisso enquanto ela fazia uma breve pausa para a leitura de um salmo. E, por um momento, o barulho da cidade lá fora e o calor da sala desapareceram. Só fiquei eu, perdido nesses pensamentos.

Eu confesso a vocês que às vezes, no meio das orações, minha mente dá umas escapulidas. Mas, quer saber? Acho que isso faz parte da nossa humanidade. Naquele mini-devaneio, eu pensei em como Silvia, minha vizinha, que nunca perde uma missa, também tem esse papel de liderança. Ela me disse uma vez que se sente conectada com Deus de uma maneira mais íntima quando serve. E eu vejo como ela cuida da liturgia, das crianças na catequese, e até da limpeza da igreja com tanto amor e dedicação.

E voltando à nossa reunião, Maria Clara começou a partilhar o evangelho daquele dia. E foi como se aquela mensagem de Jesus fosse dirigida especialmente a ela. Acho que todos sentiram isso. E não é somente porque ela estava na liderança, mas porque suas palavras tinham uma ressonância que só pode vir de alguém que vive a fé intensamente.

Sabe, irmãos, nossa Igreja é rica, é multifacetada. E enxergo que essa riqueza se potencializa através da diversidade de dons e vocações que temos, especialmente nas mulheres. Que maravilhoso é ver a atuação divina através das nossas irmãs, que com suas capacidades de liderança, compaixão e entendimento, tornam nossa jornada de fé mais completa.

Então, seguindo com a nossa oração, ver Maria Clara ali, cheia de graça e devoção, me fez perceber que precisamos cada vez mais reconhecer e valorizar esses papéis femininos. Porque, no fundo, somos todos chamados a ser luz no mundo, mas cada um à sua maneira, cada um com suas particularidades.

E assim, concluo minha conversa com vocês, lembrando que Deus não faz distinção de pessoas. Ele nos capacita, homens e mulheres, para sermos instrumentos de Sua paz, de Seu amor e da Sua Palavra.

Agora, vou passar a palavra e vamos continuar nossa oração. Mas queria deixar esse pensamento com vocês: Quanto mais reconhecermos e valorizarmos o papel de cada um, mais forte será nossa comunidade de fé.

Deus abençoe a todos!