Meus queridos irmãos e irmãs, prestem atenção um instantinho, por favor. Hoje eu queria compartilhar com vocês algo que sempre me aquece o coração e me faz sentir mais próximo de Deus. Sabem, logo que me tornei Fé, uma das coisas que mais me marcou foram os nossos grupos de oração.
Vocês já perceberam como esses encontros são especiais? Sinto que, ao nos reunirmos para orar, algo mágico acontece. Mas antes de falar sobre isso, deixem-me contar uma historinha. Lembro-me de uma noite chuvosa de quarta-feira, quando eu estava especialmente cansado. Tinha tido um dia cheio de atendimentos, e confesso, estava adiando em minha cabeça se deveria ou não ir ao grupo de oração.
Mas aí, pensei comigo: “Padre, se você não for, quem vai? Tem um grupo lá que conta com a sua presença.” Então, coloquei meu casaco, respirei fundo e fui. E meus amigos, como foi bom ter ido! Logo na porta, a Dona Lourdes me deu aquele abraço apertado, e o Zé tirou um minutinho pra me perguntar como eu estava. Foi ali, na simplicidade desses gestos, que senti a presença de Deus.
Durante a oração, a gente começou cantando um hino que não cantávamos fazia tempo. E, surpreendentemente, todos cantaram com tanto fervor que nosso salão pequeno pareceu se transformar numa catedral. Fechei os olhos e pensei: “É isso. É nessas horas que a fé se fortalece, no encontro, no abraço, no canto compartilhado.”
Aliás, falando em abraços, me lembrei da última vez que estivemos juntos, quando a Helena fez aquele bolo de fubá delicioso. Entendi que não era só um bolo; era um símbolo de carinho e dedicação, uma forma simples e poderosa de fortalecer nossa comunidade.
Sabe, às vezes penso na simplicidade desses momentos. Lembro do Seu José, que sempre fecha os olhos com tanta devoção durante as orações, e da Maria, que discretamente enxuga uma lágrima enquanto pede pela família. Nessas pequenas demonstrações de fé, vemos o rosto de Deus. Não são precisas palavras rebuscadas nem gestos grandiosos; é nas pequenas coisas que vemos a grandeza do amor divino.
Está em cada reunião, nas mãos que se unem, nas histórias que compartilhamos. Nosso grupo não é apenas uma reunião de oração; é uma família espiritual. Cada um ali contribui de alguma forma para o fortalecimento da fé de todos. E mesmo quando não percebem, estão semeando a esperança e a graça.
Então, meus queridos, quero que saibam que esses momentos são preciosos, não apenas para mim, mas para todos nós. Cada sorriso, cada canção, cada palavra de apoio é um tijolo na construção da nossa fé. Que possamos sempre valorizar esses encontros, pois é neles que encontramos a força para seguir em frente, sempre juntos, na caminhada com Cristo.
