Hoje, eu quero compartilhar com vocês uma experiência muito especial que tive recentemente em um grupo de oração. Sabe como é, né? Às vezes, a rotina das nossas reuniões pode cair na mesmice, e a gente sente um desejo genuíno de trazer algo novo, algo vivo, que reavive o espírito do nosso grupo. E foi justamente isso que tentamos fazer.
Nesse dia em particular, estávamos em um salão meio apertado, daqueles que a gente sente o calor humano só de entrar. Era uma quarta-feira nublada, se não me engano. Daquelas que a gente olha pra cima e vê o céu em tons de cinza, mas com um ar sempre fresco, sabe? Trazia uma sensação de renovação.
A dinâmica que propusemos foi simples, mas poderosa. Pensamos em algo que tirasse todos da zona de conforto, algo que mexesse com a alma. Resolvemos fazer uma espécie de ‘partilha silenciosa’. A ideia era cada um pegar um papelzinho dobrado, onde anotaríamos um pedido de oração ou um agradecimento, mas tinha um truque: ninguém saberia quem escreveu o quê.
Fiquei ali, num cantinho, observando cada um pegar seu papel e escrever. Foi tão bonito ver cada rosto se concentrando, se abrindo. Tinha o João, por exemplo, que é sempre tão sério, mas naquele dia parecia mais leve, mais disposto a se abrir. E a Dona Marina, com seu jeito carinhoso de mãe, que fez questão de decorar o papelzinho com um coração desenhado, como se estivesse colocando todo amor do mundo naquele pedaço de papel.
Enquanto a gente colocava tudo numa caixinha – ah, essa caixinha era um mimo! Toda enfeitada com fita dourada – eu senti um calafrio de emoção, sabem? É engraçado como pequenos gestos podem transformar uma reunião comum em algo tão especial.
Depois, cada um sorteou um papelzinho aleatório e começou a orar em silêncio pelo pedido ou agradecimento que tinha em mãos. Eu, particularmente, acabei com um papel simples, mas que me tocou profundamente: “Agradeço pela saúde da minha mãe”. Não sei quem escreveu, mas senti uma gratidão imensa por poder fazer parte daquela corrente de amor e fé.
E lá estava eu, de olhos fechados, sentindo aquela energia fluir pelo salão. Pensei em como a fé é realmente contagiante e em como, em momentos assim, a gente percebe a presença viva de Deus entre nós. A oração foi tomando forma, e de repente, a sala estava cheia de uma paz indescritível.
Ah, e não posso deixar de mencionar os risos tímidos e as trocas de olhares. Teve um momento em que o Pedro, que sempre está apressado, acabou derrubando um monte de papeizinhos. Foi uma confusão só, mas acabamos todos rindo e ajudando a recolher aquilo tudo, um pequeno caos que fez aquele encontro ainda mais humano e real.
Terminamos com um abraço coletivo. Parece coisa boba, mas naquele dia, aquele abraço teve um sabor especial. Era como se cada um sentisse a verdadeira comunhão, a verdadeira irmandade em Cristo.
Então, meus queridos, às vezes um simples pedaço de papel e um pouco de silêncio podem transformar nossos corações de uma maneira profunda e inesquecível. Vamos sempre buscar essas pequenas dinâmicas que fazem a diferença e que trazem Jesus para mais pertinho de nós.
Que Deus abençoe cada um de vocês e que possamos continuar nos inspirando uns aos outros, com amor e criatividade.