Grupos de Oração Católica para Jovens: Engajamento e Espiritualidade

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje eu quero compartilhar com vocês uma história especial, algo que toca o meu coração profundamente. Sabem, existe um grupo de jovens aqui na nossa paróquia, um grupo de oração, e eu vou confessar, toda vez que eu vejo aquele pessoal se reunindo, me encho de esperança e alegria. É uma mistura de entusiasmo e fé que só os jovens conseguem transmitir, sabe?

Lembro bem da primeira vez que participei de uma reunião deles. Era uma noite de sexta-feira, e eu estava terminando de preparar a homilia para o domingo. Pensei: “Vou lá dar uma olhada e, quem sabe, dar um conselho ou dois.” Mas, vou falar pra vocês, eles é que acabaram me ensinando muita coisa.

Cheguei um pouco antes do horário, acho que eram umas sete e meia, e já tinha uma turma boa se reunindo. Vi a Júlia, sempre tão animada, organizando tudo. Ela correu até mim com aquele sorriso contagiante e disse: “Padre, que bom que o senhor veio! Pega uma cadeira, sente aqui com a gente.”

Eu me sentei e comecei a observar. O Lucas, aquele rapaz que adora tocar violão, estava afinando o instrumento. Ele olhou pra mim e falou: “Padre, hoje a gente preparou umas músicas novas, espero que o senhor goste!” E eu pensei comigo: “Esses meninos têm um dom que é um presente de Deus mesmo.”

A reunião começou com uma oração e, aos poucos, cada um foi partilhando suas experiências da semana. Eu fiquei emocionado quando o Pedro, meio tímido, contou como tinha sentido a presença de Deus durante um momento difícil no colégio. Eu pensei: “Quantas vezes nós, adultos, não conseguimos sentir essa presença tão clara como eles?”

Mas não era só sobre espiritualidade. Eles também discutiam sobre o que podiam fazer para ajudar a comunidade, como organizar campanhas de arrecadação e visitas aos necessitados. A Clara, sempre tão prática, já estava com uma lista na mão, cheia de ideias e contatos. Eu ri por dentro, pensando: “A Clara vai longe com essa determinação toda.”

A noite foi passando, e eu me senti tão acolhido, tão parte daquele grupo, que até me esqueci da minha homilia. Eles me lembraram que a fé não é algo que a gente guarda só para nós mesmos, mas algo que precisa ser vivido e compartilhado. Cada sorriso, cada gesto de carinho, cada palavra de encorajamento entre eles me mostrava que a espiritualidade ali era viva e pulsante.

Antes de ir embora, o Thiago veio até mim, um pouco hesitante. Ele queria saber se podia ajudar na missa, talvez como coroinha ou algo assim. E eu disse: “Claro, Thiago! Você será muito bem-vindo. Deus sempre tem um lugar especial para quem quer servir.”

Voltei para casa naquela noite com o coração cheio e a mente fervilhando de ideias. E sabe de uma coisa? Aquele encontro me fez lembrar de quando eu era jovem e participava de grupos assim. A energia, a fé simples e pura, o desejo de mudar o mundo… Isso é algo que nunca devemos perder.

Meus queridos, que possamos aprender com nossos jovens a viver a nossa fé de maneira vibrante e compartilhada. E que os grupos de oração, como o que temos aqui, continuem sendo faróis de luz e esperança para todos nós.

Amém?