Caros irmãos e irmãs, hoje quero compartilhar com vocês um pouquinho sobre a responsabilidade e a bênção que é liderar um grupo de oração. Ah, como é bom estar aqui, olhando cada um de vocês nos olhos e sentindo essa energia de fé e comunhão.
Lembro-me, certa vez, de um encontro nosso em que tudo parecia estar dando errado. Maria, a nossa querida coordenadora, estava visivelmente nervosa porque alguns dos preparativos não saíram conforme o planejado. Os folhetos não tinham chegado, o som estava dando problema – ah, vocês lembram, né? Até parecia um daqueles dias em que tudo quer nos testar. Mas, sabem, eu nunca vou esquecer o que aconteceu em seguida. João, nosso amigo sempre tão sereno, se aproximou dela e disse: “Maria, incômodos acontecem para que a gente se lembre de que a oração depende mais do coração do que das condições perfeitas.” E, irmãos, como aquilo foi verdade!
Naquele momento, algo tocou meu coração. Eu percebi que liderar um grupo de oração não é apenas sobre a logística ou o planejamento impecável, mas sobre manter o espírito de fé, de amor e de entrega a Deus. Já me peguei muitas noites refletindo sobre isso antes de adormecer. Às vezes, as melhores orações, as mais sinceras, surgem da espontaneidade, do imprevisto, daquilo que nos foge ao controle, mas permanece nas mãos d’Ele.
E vou contar outra coisa que nem todo mundo sabe. Naquela mesma noite, quando tudo parecia estar desmoronando, houve um instante mágico. Lúcia sorriso sempre tão maroto no rosto, começou a cantar uma velha canção que a mãe dela lhe ensinou na infância. E, sem que ninguém tivesse combinado, todos nós começamos a cantar junto. Deus se revela nos detalhes, meus irmãos.
Essas pequenas grandes interações, esses gestos espontâneos de fé e de amor, são o que fortalecem uma liderança. E acredito que, para sermos bons coordenadores, precisamos lembrar de nos manter abertos a essas experiências. Devemos estar sempre atentos às necessidades do próximo e prontos para dar um passo atrás e deixar que o Espírito Santo venha à frente quando necessário.
Por fim, quero encorajar cada um de vocês a se aproximar desse papel com humildade e coragem. Se algum dia vocês se sentirem hesitantes ou inseguros, lembrem-se das palavras de nosso Senhor: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.” Isso é uma promessa. E essa promessa é a rocha sobre a qual podemos construir qualquer grupo de oração.
Vamos seguir juntos nessa caminhada, liderando com fé, com amor e – acima de tudo – com a certeza de que não estamos sozinhos. Deus nos acompanha, nos fortalece e nos guia. E, ah, que felicidade é compartilhar essa jornada com todos vocês.
Que Deus abençoe cada um de vocês e que possamos continuar a crescer em união, fé e amor para a glória d’Ele. Amém.