Hoje eu quero compartilhar com vocês algo bem próximo do meu coração, algo, acredito, que muitos de vocês também compartilham: a escolha dos louvores para as nossas reuniões de grupo de oração. Parece uma tarefa simples, não é? Mas, meus queridos, posso garantir que é uma verdadeira arte!
Algumas semanas atrás, tive a oportunidade de visitar o grupo de oração de nosso querido amigo João. Ah, como me senti acolhido! Logo que cheguei, a dona Maria, com aquele sorriso acolhedor, me ofereceu um copinho de café – não sei quanto a vocês, mas aquele aroma de café recém-passado sempre me traz uma sensação de lar.
Bem no canto da sala, vi a Júlia, ajustando o violão, e de repente me peguei pensando em como pequenos detalhes fazem a diferença. Lembrei das vezes em que o som do violão desafinava bem na hora do refrão – quem nunca? E é justamente essas pequenas imperfeições que nos fazem humanos e nos aproximam mais de Deus.
Durante a seleção dos louvores, um pensamento não saía da minha cabeça: qual música toca mais profundamente os corações de nossos irmãos? Na verdade, escolher a música não é apenas selecionar algo que gostamos, mas sim entrar em sintonia com o Espírito Santo e buscar aquilo que vai de encontro às necessidades e às emoções de cada um.
Lá estava o nosso colega, Pedro, sugerindo “A Poderosa Mão de Deus”, enquanto a irmã Clara insistia que “Quão Grande és Tu” seria perfeito para a reunião. E, vocês sabem, adoramos uma boa discussão sobre música. Entre risos e palpites, senti que havia algo espiritual naquele momento de decisão; não era só sobre escolher uma canção, mas sobre ouvir e sentir o que Deus quer falar através da música.
Então, lembrei-me de um momento bem íntimo: uma noite em que, após uma longa jornada de visitas, me sentei ao piano. Não sou lá um grande pianista, mas comecei a tocar de maneira despretensiosa. Logo, sem perceber, estava imerso em uma profunda oração, algo que palavras jamais seriam suficientes para descrever. Foi ali que percebi que a música tem um poder transformador, que vai além da melodia e das letras. Ela é uma linguagem da alma, uma ponte que nos leva diretamente ao coração de Deus.
Retomando nossa reunião, decidimos começar com “Rendido Estou” – uma escolha que havia sido consenso. E, meus irmãos, quanta graça! A sala parecia estar envolta em calor divino. A dona Rosa, no cantinho dela, começou a chorar suavemente, enquanto o Tiago ergueu as mãos aos céus, cheio de devoção.
É aqui que aprendi uma lição valiosa, e gostaria de compartilhar com vocês: na música e na oração, o importante não é a perfeição técnica, mas a entrega do coração. Quando escolhemos os louvores, não estamos apenas planejando uma parte da liturgia; estamos preparando corações para encontrar Deus.
Então, da próxima vez que vocês estiverem nesse papel de escolher a música para nosso grupo de oração, lembrem-se: ouçam o coração, sintam a presença do Espírito Santo e não tenham medo das pequenas imperfeições. Afinal, é através delas que mostramos nossa verdadeira humanidade e nossa total dependência do Senhor.
Que Deus abençoe cada um de vocês e que nossa música sempre seja um louvor sincero e cheio de amor. Amém!