Bom dia, meus irmãos e irmãs!
Hoje queria compartilhar uma experiência que tocou meu coração de um jeito que nunca imaginei. Vocês já pararam pra pensar como é lindo ver jovens e idosos unidos na fé? Pois é sobre isso que quero falar hoje, sobre o poder dos grupos de oração que juntam essas duas gerações tão diferentes e ao mesmo tempo tão complementares.
Eu me lembro bem de um sábado à tarde, lá na nossa paróquia, quando tivemos nosso primeiro encontro entre os jovens e os idosos. Eu estava meio ansioso, confesso. Como é que esse pessoal vai se entender? – pensei. A molecada com a cabeça nas redes sociais e os mais velhos com aquelas histórias de outro tempo… Será que vai dar certo?
Cheguei na sala e já fui logo recebendo aquele abraço apertado da Dona Maria. Dona Maria, gente, é uma senhora de uns oitenta e poucos anos que, olha, tem uma energia que dá inveja! Logo ali, do outro lado, estavam os meninos do grupo de jovens, com aquele ar de “será que vai rolar?”. Nos sentamos em círculo – porque círculo sempre acho que aproxima, não é? – e começamos com uma oração simples, pedindo a Deus que nos mostrasse o caminho pra essa integração.
A primeira interação foi meio tímida. Lembro que o João, um dos nossos adolescentes, começou a contar sobre uma música religiosa que tocou fundo no coração dele. Ele todo empolgado, né? Falou, falou e alguém solta: “Mas que música é essa?”. Aí vem a Dona Maria, toda curiosa, querendo entender o que mexeu tanto com o menino. João, meio sem jeito, desenrolou o fone de ouvido e colocou a música pra ela ouvir. A cara dela de surpresa, gente… Foi impagável. “Meu Deus, que linda essa canção”, ela disse, com os olhos brilhando.
A partir daí, parece que algo mágico aconteceu. O pessoal começou a se abrir mais, a contar histórias de vida, a compartilhar experiências. Lembro do Seu Antônio contando como a fé dele foi fortalecida nos momentos difíceis e os jovens, atentos, absorvendo cada palavra. Era bonito de ver.
Teve um momento que me marcou profundamente. A Ana, uma jovem que passou por uma fase difícil de depressão, abriu seu coração. Contou como a oração e a presença dos avós a ajudaram a sair daquele buraco negro. E sabe o que foi bonito? Ver a Dona Helena, nossa avózinha que todo mundo adora, colocando a mão sobre a cabeça da Ana e orando com tanta força que, olha, eu senti Deus ali naquele instante. Foi emocionante.
A gente passou um bom tempo ali, trocando histórias, compartilhando risadas e, sim, até algumas lágrimas. No final, formamos um grande círculo, de mãos dadas, e fizemos uma oração de agradecimento. E foi ali, naquela simplicidade, que percebi: essas trocas, essas interações – é disso que a nossa comunidade precisa. Unir gerações e permitir que a sabedoria dos mais velhos ilumine o caminho dos mais jovens e vice-versa. Não existe barreira quando o coração está aberto.
Saí daquele encontro com o coração quentinho e cheio de esperança. Me dei conta de que, mesmo com as diferenças de idade, todos temos algo a aprender e a ensinar. A fé nos une e nos fortalece, e ver essa união de gerações é um presente de Deus.
Então, meus queridos, que possamos valorizar esses momentos de união, aprender uns com os outros e sempre nos lembrar que, na comunidade, somos todos uma só família em Cristo.
Amém.
